Embora nunca houvesse sido Saddam, o Iraque não é mais liderado por esse horrível ditador. Um conjunto de crianças e mulheres que choram agarradas a quem não têm, não são Saddam, ou qualquer outro ditador ávido de sangue e dinheiro. Estão banalizadas as imagens de atentados em pedaços de automóvel espalhados aleatoriamente por ruas escuras e destruídas por uma guerra que há muito esqueceu que um país são pessoas que lutam, trabalham e vivem diariamente. Já não se vêem lágrimas das mães que perderam os filhos, já não se vêem meninos descalços de roupas rasgadas nem se sente dor.
Será que desapareceu a esperança e que nos conformamos com a desumana gente? Será que não cumpriu já humilde gente a sua sentença? Mesmo não cometendo nenhum crime, não é já conta bastante o sangue derramado? A guerra está perdida; será pedir demais, acenar com um prémio de consolação para os derrotados? Será que a paz não faz já parte de uma humilde surpresa?
Não é já o momento de afirmarmos a nossa liberdade de expressão? Ou também nós acreditamos que estão longe demais aqueles que sofrem para sequer merecerem a nossa preocupação? Porque é que não nos atrevemos a classificar de líder sanguinário alguém que espalha corpos fora do seu próprio país? Existe alguma cláusula de exclusão patriótica, ou será título tão nobre que não pode ser exportado?
Somos unânimes em afirmar que a metrópole tem conduzido há desumanização dos relacionamentos, ao isolamento no meio da multidão, e até à frieza e indiferença. A metrópole somos nós, cheios de dedos apontados aos outros acreditando que as nossas acções nada podem para contrariar a generalização da inércia. Somos nós os responsáveis por aquilo que se passa no mundo através do nosso poder universal, não tanto por aquilo que fazemos, mas muito mais por aquilo que deixamos de fazer. Mas tal atenuante, não nos desresponsabiliza, apenas deveria agravar a nossa penitência, pela inutilidade com que nos caracterizamos bem patente nas (in)desejadas horas em que nos deliciamos frente a concursos e programas criados para nossa satisfação.
Poderão apelidar-me de ingénuo ou até de sonhador, mas continuo a acreditar no dia em que esta geração se faça realmente notar como fonte de transformação, consequência do cansaço, da inevitabilidade de reagir ou apenas de levantar do sofá. A verdade é que o tempo certo se aproxima e que a resposta urge. Chega a hora em que o conformismo não é mais posição sensata ou aconselhável. O limite das nossas acções não são a grandeza dos nossos sonhos, mas os fundamentos que construímos. A lusa gente deixou uma dura herança que a cada dia urge refazer.
Não somos mais um no meio de muitos, somos cada vez mais muitos e apenas precisamos de crer que partilhamos a mesma crença pela paz. O nosso poder é universal.
Será que desapareceu a esperança e que nos conformamos com a desumana gente? Será que não cumpriu já humilde gente a sua sentença? Mesmo não cometendo nenhum crime, não é já conta bastante o sangue derramado? A guerra está perdida; será pedir demais, acenar com um prémio de consolação para os derrotados? Será que a paz não faz já parte de uma humilde surpresa?
Não é já o momento de afirmarmos a nossa liberdade de expressão? Ou também nós acreditamos que estão longe demais aqueles que sofrem para sequer merecerem a nossa preocupação? Porque é que não nos atrevemos a classificar de líder sanguinário alguém que espalha corpos fora do seu próprio país? Existe alguma cláusula de exclusão patriótica, ou será título tão nobre que não pode ser exportado?
Somos unânimes em afirmar que a metrópole tem conduzido há desumanização dos relacionamentos, ao isolamento no meio da multidão, e até à frieza e indiferença. A metrópole somos nós, cheios de dedos apontados aos outros acreditando que as nossas acções nada podem para contrariar a generalização da inércia. Somos nós os responsáveis por aquilo que se passa no mundo através do nosso poder universal, não tanto por aquilo que fazemos, mas muito mais por aquilo que deixamos de fazer. Mas tal atenuante, não nos desresponsabiliza, apenas deveria agravar a nossa penitência, pela inutilidade com que nos caracterizamos bem patente nas (in)desejadas horas em que nos deliciamos frente a concursos e programas criados para nossa satisfação.
Poderão apelidar-me de ingénuo ou até de sonhador, mas continuo a acreditar no dia em que esta geração se faça realmente notar como fonte de transformação, consequência do cansaço, da inevitabilidade de reagir ou apenas de levantar do sofá. A verdade é que o tempo certo se aproxima e que a resposta urge. Chega a hora em que o conformismo não é mais posição sensata ou aconselhável. O limite das nossas acções não são a grandeza dos nossos sonhos, mas os fundamentos que construímos. A lusa gente deixou uma dura herança que a cada dia urge refazer.
Não somos mais um no meio de muitos, somos cada vez mais muitos e apenas precisamos de crer que partilhamos a mesma crença pela paz. O nosso poder é universal.
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