Ali,
Onde a luz do sol não ilumina
Onde a noite pernoita escondida
Ali,
As idosas árvores centenárias
Ocultam do céu a maravilha da terra
Não há peixes, nem água, nem sal
Não há areia, nem ondas, nem céu
Há apenas puro espaço, tranquilo
Há vida no murmúrio no vento
E em cada rangido das árvores
Sim, porque ali as árvores falam
Gemem bem alto à força do vento
Ali a natureza cresce do chão
As rochas acumulam-se lado a lado
Cinzentas, frias e destemidas
Castanho da caruma que o cobre
O chão desenvolve-se sem fim
Sem fim no olhar que o percorre
O cheiro é húmido da terra lavada.
Naquele lugar quase inóxio
A tranquilidade domina o ser
A natureza envolve a paisagem
Ali,
Por entre as copas do arvoredo
Dançam de noite as estrelas
Ali,
Lugar que a humanidade esqueceu
Os nossos corações premiaram
Com a leveza e o silêncio do ser.
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