quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Um Aeroporto, um TGV

Nunca fui nacionalista, nem proteccionista, congratulo-me até de pensar que sou antes cidadão do mundo e de que não vale mais a vida de um português, americano ou francês do que a de um afegão, chinês ou etíope. Mas convenhamos que ao governo português compete zelar pelos que habitam por estas paragens entaladas entre Espanha e o Oceano.
Contra o governo de José Sócrates várias vezes me insurgi e acusei de não cumprirem promessas, mas por outro lado sempre apoiei acerrimamente estas obras públicas por entender que para além dos benefícios da sua utilização na vertente económica e turística, também promovem o emprego quer durante, quer no período posterior à sua construção, além de necessariamente contribuírem para a promoção do interior (chamemos-lhe Portugal profundo). Mas convenhamos que entregar estas obras às mãos de uma empresa espanhola é equacionar parte dos benefícios ao nível da empregabilidade pelo menos durante uma década.
Parece-me que o governo espanhol ficará contente a ajuda às empresas castelhanas, por outro lado, parece-me que gastar mais algum para favorecer a empregabilidade e a competitividade das empresas portuguesas não seria mal pensado.

2 comentários:

Anónimo disse...

Somos um país estreito e com uma vasta costa marítima não precisamos do TGV. A minha aposta seria na modernização e expansão da rede do nosso confortável alfa pendular.

A.T.

Mário Martins disse...

Concordo com o facto de sermos um país estreito e de por ta facto não nos ser estritamente necessário um TGV "vertical"( Sul/Norte). Mas dentro do estreito que somos e dos pouco quilometros de linha que isso implica... ligações a Espanha seriam um investimento com um excelente retorno, quer de nível turístico, como ao nível de negócios.