A revolução de Abril criou desde a sua origem a maravilhosa expectativa da melhoria as condições de vida e, sendo de grosso modo consensual, que ela realmente aconteceu, sucede, também que ao longo dos anos se perdeu a tão fantástica ideia de que realmente as "coisas vão mudar"! A implementação da apelidada democracia, esta ideia tão idílica, do poder do povo roubou-nos a esperança sebastianista de que "isto leve uma volta", de que realmente possam "as coisas melhorar"!
Ao longo de quase 35 anos desta contitucional democracia representativa, temos ainda esta absurda ideia de que ela realmente existe, não diria que afirmamos que funciona, já que nessa matéria existem inúmeros críticos impregnados na nossa sociedade arraigados a uma ideia bem cimentadade que "jobs for the boys" tem sido o princípio do fim, contudo, permitam que vá para além disto. Esta ideia de representação das várias ideias na construção de um conjunto normativo legal que norteia as nossas actuações, não passa no meu entender, infelizmente, de, na maior parte dos casos, uma teoria das ideias que o nosso pretensionismo e crença no sistema democrático não nos deixa menosprezar e muito menos negar. Mas, permitam-me a audácia. A imposição de uma maioria eleita ou feita por acordo pós eleitoral, apoiada num sistema constitucional que concede tal fenómeno, consagra uma situação de exclusão da representação das ideias dos partidos nas deliberações aprovadas, pela imposição de uma clara ditadura da maioria, bem expressa, e convictamente em muitas das nossas atitudes diárias, nomeadamente, na legitmidade que atribuimos à escolha por votação simples, na qual a maioria impõem à minoria a sua vontade. Deixo-vos uma reflexão, será esta ditadura da maioria, facilitismo na hora de decidir? Desborucratização na decisão? Ou estamos convictos que a ditadura da maioria é tão simplesmente a consumação prática da democracia em que nos sustentamos? Poder do povo, ou de algum povo?
Ao longo de quase 35 anos desta contitucional democracia representativa, temos ainda esta absurda ideia de que ela realmente existe, não diria que afirmamos que funciona, já que nessa matéria existem inúmeros críticos impregnados na nossa sociedade arraigados a uma ideia bem cimentadade que "jobs for the boys" tem sido o princípio do fim, contudo, permitam que vá para além disto. Esta ideia de representação das várias ideias na construção de um conjunto normativo legal que norteia as nossas actuações, não passa no meu entender, infelizmente, de, na maior parte dos casos, uma teoria das ideias que o nosso pretensionismo e crença no sistema democrático não nos deixa menosprezar e muito menos negar. Mas, permitam-me a audácia. A imposição de uma maioria eleita ou feita por acordo pós eleitoral, apoiada num sistema constitucional que concede tal fenómeno, consagra uma situação de exclusão da representação das ideias dos partidos nas deliberações aprovadas, pela imposição de uma clara ditadura da maioria, bem expressa, e convictamente em muitas das nossas atitudes diárias, nomeadamente, na legitmidade que atribuimos à escolha por votação simples, na qual a maioria impõem à minoria a sua vontade. Deixo-vos uma reflexão, será esta ditadura da maioria, facilitismo na hora de decidir? Desborucratização na decisão? Ou estamos convictos que a ditadura da maioria é tão simplesmente a consumação prática da democracia em que nos sustentamos? Poder do povo, ou de algum povo?
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